Como lidar com os medos


Cada um deve fazer uma lista dos seus medos. Depois, vai priorizá-los e começar a trabalhar com eles do menor para o maior. Comecemos, por exemplo, pelo medo de barata. Visualize internamente o encontro com a barata. Analise e observe as suas emoções em relação a isto, pense no que fazer.

Exercite isso até que, um dia, quando encontrar uma barata, nem se vai lembrar do seu medo. Comece trabalhando cada pequeno medo até poder encarar os grandes e dissecá-los. É preciso encarar cada medo com tranquilidade, compreendendo que eles fazem parte de registros ancestrais ou até de registros familiares e que não nasceram com você.

O medo é aprendido.

Por que o índio é destemido? Porque sua sociedade trabalhou isso nele desde pequeno, acostumando-o com a floresta, os animais e as outras tribos. Ninguém ouviu falar de índio com medo por causa dessa cultura. A criança não nasce com medo, e se ela o aprendeu, pode desaprendê-lo. É uma questão de treino, aprendizagem.

Procurem, na infância, lembranças de situações em que não tiveram medo. Por exemplo, um dia em que foram a um circo e passaram a mão sobre a cabeça de um qualquer animal sem nenhum temor. Resgatem aquela sensação de conforto, de não ter medo, tragam para sua vida de agora, para enfrentar o medo que está sentindo.

Olhe seus medos com mais tranquilidade. A compreensão será sempre maior, filhos, quando aceitarmos que nem uma folha cai da árvore sem que haja o Conhecimento Universal sobre isso, sem que haja uma razão - embora possa ser muito difícil para vocês, no momento, compreender isso.

A malha das encarnações, experiências e seres que vão se encontrando é tão intrincada mas tão perfeita, que é difícil de aceitar. Até aquela folha que caiu da árvore já estava prevista. Se é assim, um medo que eu criei - como o de perder o emprego, por exemplo - não tem razão de ser porque só vai acontecer se o desenho de minha vida for para que isso aconteça. E se eu sou o arquitecto da minha própria vida, terei condições de ultrapassar essa fase, vibrando na coragem e na harmonia.

A partir do momento em que aceitam o fluxo da Energia Universal (Energia Cósmica), ela começa a passar por todos os canais de seus corpos e o medo não mais deverá estar presente. Se não existirem obstruções, que são os pontos de conflito (uma mente perturbada ou um coração endurecido onde a energia não fluí), os eventos exteriores transcorrerão de maneira harmoniosa, não havendo necessidade do temor.

Se vocês se vêm dentro de seus Corpos de Luz, com a energia fluindo com harmonia, podem ter a certeza de que, aos poucos, ao reeducar seus pensamentos e sentimentos, a infelicidade desaparecerá e irão ao encontro da tranquilidade, percorrendo a aprendizagem que precisavam realizar.

Parte da “Síntese de uma vivência com Shon Thor, de Órion” - esse artigo desvela as origens do medo e ajuda a lidar com ele
Autor: Shon Thor, de Órion
Canal: Heloísa Fagundes


Fiquem bem.

(A Mónada)

Sombras do Passado


Há medos que vêm de vidas passadas. Como vocês sabem, uma grande parte das memórias dolorosas são de encarnações passadas. A partir do momento em que tenham alguma vivência que traga reminiscências disso, entram naquela zona do passado outra vez. Esta zona de medo ancestral vem em pensamentos que nós chamamos de pensamentos de fundo ou de nível subconsciente.

Temos dois tipos de pensamentos. O pensamento de frente ou consciente é aquele óbvio, que tem forma, começo, meio e fim; é concreto, mais claro, mais elaborado. Já o pensamento de fundo é amorfo, indefinido e permeia os outros pensamentos.

Fazendo uma comparação, é como se estivéssemos num palco onde actuam os actores e, por trás dele, houvesse outro palco, com outra peça, como um teatro de sombras. Assim são os pensamentos de fundo; eles vêm do passado. As pessoas sentem esse medo na forma de um temor, um mal-estar e dizem: não sei o que é... só sei que estou com medo.

Esse é um dos piores medos, pois não se conhece sua causa e ele fica lá no fundo, presente, e é difícil de ser trabalhado. Sempre que começarmos a senti-lo, devemos parar para olhá-lo de frente e fazer um raio X dele. É preciso analisá-lo e dissecá-lo. Mais adiante, vamos falar como trabalhar com ele.

O medo também pode ser incutido por formas pensamento do inconsciente colectivo. O homem é o que ele pensa, e a o Homem moderno pensa com medo. Milhares de temores fazem parte do seu dia-a-dia. O que ele vê na televisão ou lê nos jornais são factos atemorizantes, que o fazem achar que está vivendo num mundo totalmente caótico.

Mas, o que às vezes se esquecem é que tanto a televisão quanto os jornais são baseados no que chamamos, fatos diversos, extraordinários. Eles são o retrato de ocorrências anormais. Aquele homem que sai de casa para trabalhar e volta para casa, aquela senhora que ficou preparando as coisas para os filhos - esses não são notícia.

Essas formas de pensamentos de medo ficam penduradas ao redor de vós como se fossem enfeites de uma árvore de natal e acabam impregnando-se em seu corpo emocional. É como se uma grande nuvem unisse todos vós, principalmente nas questões que envolvem o corpo emocional. Numa empresa, por exemplo, onde vibra a desarmonia, existem grandes tensões ou o chefe está desequilibrado, todos são contaminados e passam a agir em desequilíbrio, desarmonia e tensão.


Parte da “Síntese de uma vivência com Shon Thor, de Órion” - esse artigo desvela as origens do medo e ajuda você a lidar com ele

Autor: Shon Thor, de Órion
Canal: Heloísa Fagundes

Fiquem bem

(A Mónada)

A origem dos Medos


Medo da perda, do desconhecido, da mudança, de conturbações sociais ou económicas, do fracasso, da rejeição, da incompreensão, de perder o emprego, de ficar sem dinheiro, da escassez, da morte, do medo. Olhem quantos medos. Se abrirmos o baú, ficaremos horas falando eles.

O grande medo primário é o medo de morrer. Posso ter medo de ser assaltado, por exemplo, mas no fundo o que temo mesmo é a morte. Na verdade, o ser humano, quando nasce, tem uma única certeza: a de que um dia vai morrer. Temos medo daquele momento final, em que passamos para o outro lado.

Se eu encaro o facto de que, assim como nasci sozinho, vou morrer sozinho, me apaziguo sobre a ideia do medo. Na verdade, só quando pudermos aceitar a morte como a outra face da vida é que poderemos viver sem medo, pois o máximo que nos pode acontecer é morrer.

O resto dos medos resumem-se ao medo de viver e ao medo da rejeição, de não ser amado. Poucos de vocês sentiram-se realmente amados e acolhidos pelos pais na infância. A criança tem uma forma diferente de descodificar o mundo da do adulto. Ela é só sensibilidade, não tem as protecções da racionalidade que vocês têm.

Para ela, é muito difícil esse viver, principalmente até os seis, sete anos. Vejam que suas experiências de infância com relação ao amor, são tão difíceis que muitos se lembram pouco ou quase nada disso - precisaram se entorpecer para não sentir as dores que tiveram quando crianças. Então, esse medo de não ser amado sempre vai existir; é o medo da criança que está dentro de cada um de vós.

A partir do momento em que, como adulto, aceitar que alguns não o amam (porque a criança quer ser amada por todos), pode trabalhar-se e permitir-se conviver com a ideia de que nem todos vão amá-lo. Com isso, ficará bastante mais aliviado com relação ao medo da rejeição. Não tem que ser perfeito. É apenas aquilo que é. Alguns podem gostar, outros não. O que se pode fazer?

O medo da falta ou perda da abundância está muito ligado a problemas familiares ou de infância. A criança não sente falta de bens materiais se ela for nutrida amorosamente por ambos os pais. Ela pode aguentar um prato muito pobre, falta de agasalho, viver numa casa humilde, pode aguentar essas coisas porque não tem termo de comparação; não sabe que existem casas maiores e mais aquecidas e mesas mais fartas - e o que traz a infelicidade é sempre a comparação. Se a criança for nutrida amorosamente pelos pais, não terá medo da perda da abundância. É tudo uma questão de auto aceitação.

O medo da perda da abundância, na verdade, bate no medo da rejeição e na insuficiência amorosa vivida na infância.

Parte da “Síntese de uma vivência com Shon Thor, de Órion” - esse artigo desvela as origens do medo e ajuda você a lidar com ele
Autor: Shon Thor, de Órion
Canal: Heloísa Fagundes


(Continua em postes futuros)


Fiquem bem


(A Mónada)